As servidoras e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aprovaram a última contraproposta formalizada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A decisão ocorreu em assembleia geral, realizada de forma híbrida, na manhã desta quinta-feira (8), por convocação do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS).
Confira a proposta aprovada aqui.
A secretária-geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch abriu a assembleia destacando que a importância do debate, para dirimir todas as dúvidas, antes de apreciação da proposta. A dirigente também destacou o prazo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “O governo estava falando que enviaria a LDO até 31 de julho, depois, até 9 de agosto e agora, falam em dia 15. De qualquer maneira o prazo para votação da LDO é 31 de agosto. O que entrar, estará garantido no orçamento de 2025, o que ficar fora, será debatido no ano que vem.”
Ao longo da assembleia, os servidores fizeram inúmeras críticas à contraproposta e a postura do adotada pelo governo, cuja prática é diferente do discurso. A injustiça com os trabalhadores do Plano Especial de Cargos do MMA e Ibama (PECMA) que perde o espelhamento salarial com as Carreiras foi muito citada. O ataque ao direito de greve dos servidores também foi lembrado pelos participantes.
Para o secretário-geral adjunto do Sindicato e servidor aposentado do Ibama, José Mário Amaral Virué, a mobilização dos servidores da área ambiental não pode diminuir de tamanho. “A nossa luta tem que ser permanente e ainda mais intensa após a greve. A reestruturação do nosso plano de carreira, infelizmente ainda não aconteceu, mas é fundamental lutar para termos uma reposição mínima e diminuir a diferença entre as carreiras”, defendeu José Mário que lamentou, ainda, o que chamou de falta de articulação política. “Muitos deputados e senadores estão nas suas bases e não, em Brasília, por conta das eleições municipais. E esse apoio parlamentar seria importante para a nossa luta.”
Mesmo com a aprovação da proposta, a greve iniciada em 1º de julho, continua. Os servidores também encaminharam a continuidade do processo de mobilização e de luta por valorização das carreiras.
“Infelizmente, o texto prevê diferença de reajuste para as carreiras e não temos compromisso por parte do MGI de reestruturação”, disse o secretário de Movimentos Sociais, Gênero e Etnias do Sindiserf/RS, Joelsio Luiz Barbosa dos Santos. Ele também lembrou o processo das últimas semanas, com a deflagração da greve, “Fizemos inúmeros encontros neste período e é muito importante que estes processos sejam conduzidos por todos. A luta é coletiva.”
Fonte: Sindiserf/RS
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