Celebração da resistência, 25 de julho é Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha

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Uma importante data na luta feminista e antirracismo, o 25 de julho é Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e a articulação entre as mulheres afrodescendentes da América Latina e do Caribe consiste em uma importante ferramenta de combate ao racismo estrutural. No Brasil, a data também é celebrada como Dia Nacional de Tereza de Benguela.

A população afrodescendente na América Latina e no Caribe representa cerca de 21% da região, sendo a mais afetada pelo racismo, a xenofobia e a discriminação relacionada a razões de gênero, orientação sexual, idioma, religião e origem social. Em todos esses aspectos, os efeitos são mais amplos para as mulheres.

Segundo um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), as mulheres pretas da região são as que recebem o salário médio mais baixo em relação às pessoas não afro e inclusive em relação a homens afro, independente dos níveis educacionais e das horas trabalhadas. Também são as que aparecem em primeiro lugar nos índices de pobreza em famílias comandadas por mulheres, o dobro em relação às mulheres não afro no Brasil, Equador e Peru e o triplo no Uruguai.

 

 

Tereza de Benguela

Rainha Tereza, como é conhecida Tereza de Benguela, foi uma mulher escravizada que conseguiu se libertar, no Vale do Guaporé, atual estado do Mato Grosso. Foi líder do Quilombo do Quariterê, onde comandou a maior comunidade de libertação de negros e de indígenas da capitania. Há relatos controversos referentes à sua morte, de que em 1770, ela presa e morta pelos colonizadores Bandeirantes, outros dizem que ela se suicidou após ser levada para prisão.

Hoje, o Dia Nacional de Tereza de Benguela serve de inspiração e homenagem para mulheres pretas, latinas e caribenhas, além de motivar debates e intensificar a atuação na defesa de políticas públicas que garantam direitos para as mulheres.

 

Atividade do Conesindiserf/RS

O Coletivo de Negras e Negros do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do RS (Conesindiserf/RS) promove a atividade híbrida, Feminismo Negro, às 18h desta quarta-feira (26), no Auditório do Sindiserf/RS (Rua Gal. Bento Martins, 24/9º andar, Centro Histórico, POA), com a participação de Sanny Figueiredo (PSB).

“Nós, mulheres negras somos a base da pirâmide econômica neste país e lutamos todos os dias para vencer as desigualdades”, destaca a secretária adjunta de Movimentos Sociais, Gênero e Etnias do Sindicato, Valéria da Silva Amaral.

 

Fonte: Sindiserf/RS com informações do Brasil de Fato

Foto: Pixabay

Arte: Renata Machado (Sindiserf/RS)