Em visita aos órgãos, Sindiserf/RS defende melhorias na proposta de reajuste salarial

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Servidoras e servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (IcmBio) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) receberam a visita do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS). A ação foi realizada nesta terça-feira (28) como forma de mobilizar a categoria sobre o reajuste salarial dos servidores federais.

 

 

A atividade foi realizada no mesmo dia da mesa de negociação, em Brasília, onde os representantes do funcionalismo apresentaram, nesta tarde, uma contraproposta aos 7,8% oferecidos pelo governo federal, no dia 17. “Nós merecemos e o governo pode dar mais”, defende a secretária geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch.

 

 

Ela explicou aos servidores que além de discutir a necessidade de ampliar o percentual apresentado pelo governo, os servidores também buscam reajuste em outros benefícios, como é o caso da contrapartida paga pelo governo nos planos de saúde. O debate sobre a melhoria na contrapartida paga pelo governo nos planos de saúde é uma pauta antiga e precisa ser resgatada. Pois hoje, os servidores arcam com cerca de 70% do valor total pago pelos planos e só esse ano a Geap, plano de autogestão que atende a maioria dos servidores e seus familiares, já anunciou aumento de 9% nas mensalidades.

 

 

Sobre o reajuste proposto no vale alimentação, a dirigente afirmou que “não aceitamos que a aumento do vale alimentação, que não necessita de vinculação orçamentária com o reajuste, seja retirado do montante de 11,2 bilhões que consta na LDO para reposição salarial”. De acordo com ela, esses valores, assim como o aumento da parcela per capita do plano de saúde são cláusulas sociais que podem vir de outras rúbricas. “Com isso, o governo pode reajustar essas cláusulas e prover um aumento do valor do índice emergencial”, declara.

 

 

“O que estamos discutindo é um reajuste emergencial. Superado isso, iniciaremos de imediato, a campanha salarial de 2024. E para isso, a mobilização e a unidade dos servidores são fundamentais no processo em busca de avanços”, afirma ela.

“Foram anos sem reajuste e com a espada da reforma administrativa na nossa cabeça. Por isso, o compromisso do governo em retirar a PEC 32 do Congresso e a existência da mesa de negociação são frutos da nossa luta”, salienta a dirigente ao destacar que a presente negociação não está amarrada em parcelamentos, como no reajuste dos servidores do judiciário e do legislativo.

 

 

Um encaminhamento importante foi que o Sindiserf/RS se prontificou a realizar um debate mais profundo com a categoria sobre a Convenção 151, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que vem assegurar novos direitos ao funcionalismo das três esferas. Entre outros pontos, prevê a negociação coletiva e a liberdade sindical para os servidores públicos.

 

 

O ato no Incra/Mapa contou com a presença de representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários do RS (Anffa Sindical RS) e do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Sintrajufe/RS).

 

Fonte: Sindiserf/RS

Fotos: Renata Machado (Sindiserf/RS)