Prezad@s,
A conjuntura brasileira, como é notório, está dificílima. Com absoluta certeza, o inimigo não está entre nós, classe trabalhadora. A classe dominante quer passar pela crise – que ela própria causou – sem perder nada. Aliás, ao invés disso, quer arrancar mais ainda com a exploração d@s trabalhadores/as.
Ora, com a maioria direitista do Congresso exigindo “redução de gastos” (em políticas sociais, óbvio), não olharão para as estatais totalmente dependentes do Tesouro, como a Ebserh? Vale lembrar que, em 2019, a Ebserh estava na lista de empresas públicas que poderiam ser privatizadas, e há grupos que defendem o fim desta e o retorno dos contratos precários com Fundações. A extrema-direita, quando retorna, é ainda mais agressiva com a população do que em seus primeiros governos. Vide Trump, Milei e as prefeituras bolsonaristas. Vejamos o caso de Canoas, que a prefeitura, intempestivamente e via whatsapp, demitiu 600 profissionais da saúde que atuavam na cidade através de contrato.
Diante dos ataques sofridos pela classe trabalhadora, algumas categorias específicas podem avaliar que a segregação em sindicatos específicos lhes dá melhores chances de conquistas. Porém, este é um erro que pode lhes custar caro. E a curto prazo! A mídia patronal cobra 3 milhões dos sindicatos para anúncios de 1 minuto em horário nobre. E faz propaganda grátis para a burguesia, disfarçando de “reportagem”. O custo de manutenção de uma instituição não é baixo, as necessárias viagens à Brasília estão muito caras também, sem falarmos que, em tese, a ideia do patrão – e aqui no caso, da Ebserh, é que, quanto mais divididos os empregados estiverem, melhor para ela. Basta refletirmos nas várias tentativas de retirada de direitos.
Uma categoria unida é uma categoria forte. Por isso, agora não é momento para questões menores. A maior união possível d@s empregad@s e servidores/as públicos é muito necessária! Fiquem com a maioria, que pode e tem apoiado suas lutas específicas generosamente. Fiquem com o Sindiserf/RS, o nosso grande sindicato!
Walter Morales Aragão, secretário-geral do Sindiserf/RS
Romário Krug, secretário de Comunicação do Sindiserf/RS e empregado da Ebserh-HUSM
