Servidores do DNIT no RS aprovam, com ressalvas, proposta do governo

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As servidoras e servidores vinculados à carreira da Área da Infraestrutura/Carreiras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no RS, aprovam a proposta do governo com ressalvas. A decisão ocorreu durante assembleia geral extraordinária, realizada na manhã de hoje (25), de maneira híbrida. A atividade foi convocada pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do Rio Grande do Sul (Sindiserf/RS).

Os participantes criticaram a proposta foi apresentada pelo Ministério de Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI), na Mesa Específica e Temporária de Negociação realizada no último dia 19, por considerarem que há diferenciação entre as carreiras. Por isso, a ressalva em aceitar a proposta diz respeito a lutar para garantir 5% em 2026 e não, 3,5%.

“Pode parecer irrisório, pois não chega a 2%, mas faz diferença na remuneração dos servidores”, disse a secretária dos Aposentados e Pensionistas do Sindiserf/RS, Zaida Haack Bastos. Ela que foi servidora do DNIT afirmou que “é inaceitável essa diferenciação que o governo faz entre as carreiras, sempre lutamos por equiparação. Por isso, precisamos buscar o 5%”.

Além de reajustes previstos em duas etapas (9% em janeiro/2025 e 3,5% em abril/2026), estão propostos ajustes na estrutura da tabela, com ampliação das classes de 3 para 4 e dos padrões de 13 para 20.

Há ainda a criação de uma nova classe inicial com 5 padrões e ampliação da classe especial em mais 2 padrões, sendo que o servidor será reposicionado em dois padrões acima do atualmente ocupado. Para o Plano Especial de Cargos do Dnit também estão previstos reajustes em janeiro/2025 e em abril/2026. Além disso, o governo propõe a uniformização das classes com 5 padrões cada.

A secretária-geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch ponderou que esta não é proposta ideal e esperada, mas que a categoria e o conjunto dos servidores devem seguir lutando pela valorização. “Há toda essa conjuntura de terror fiscal das últimas semanas, tanto que o governo contingenciou 15 bilhões do orçamento. Acreditamos que essa política econômica de austeridade não colabora em nada e acaba refletido nas negociações com o setor público.”

Ela destacou que o objetivo é do governo é enviar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até 31 de julho e isso coloca em risco as negociações. Ao prazo para votação no Congresso é 31 de agosto.

Fonte: Sindiserf/RS

Fotos: Renata Machado