Servidoras, ativas e aposentadas, participam de conversa em Defesa da Vida das Mulheres

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Na tarde de sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, dezenas de servidoras, ativas e aposentadas participaram da conversa em Defesa da Vida das Mulheres promovida pelo Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS). Convidada para a atividade, a economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Lúcia Garcia, abordou dificuldades das mulheres no mercado de trabalho, tanto público como privado e também, destacou avanços.

 

 

De acordo com ela, a atual organização da economia com uma acelerada adesão à reforma Trabalhista gera postos de trabalhos, mas questionáveis do ponto de vista do bem-estar do trabalhador.  “No setor público tem servidor sendo substituídos por bolsistas”, exemplificou ela.

Entre as medidas importantes, a economista destacou a política de valorização do salário mínimo porque protege as mulheres que estão na base da economia e a lei de igualdade salarial, que classificou como “a melhor notícia para o movimento sindical dos últimos dez anos.” A lei abarca assalariados do setor público e privado, exige a transparência da folha de pagamento de empresas com mais de 100 trabalhadores e prevê multa às estruturas que não equipararem os salários.  Lúcia contou ainda que no Brasil, 39% das mulheres ocupam cargos de chefias e coordenações e tem rendimento médio de cinco mil reais, já entre os homens, nos mesmos cargos, o rendimento fica em torno de oito mil.

 

 

“Porém, no Brasil, temos um conjunto de políticas articuladas para mulheres que vão desde do combate a violência, passa por emancipação econômica e chega a acesso médico. As mulheres estão sendo reconhecidas pelo atual governo, pois estão sendo criadas políticas para o que ainda não tem e reformulando o que já existia, em todos os setores do governo”, destacou.

O Brasil também assinou a Declaração sobre a Política Externa Feminista da América Latina e do Caribe na última Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O documento, de acordo com Lucia, reitera o compromisso dos países signatários com a paridade e a igualdade de gênero, bem como com o fortalecimento do acesso pleno e igualitário das mulheres a posições de liderança e a processos de tomada de decisão na América Latina e no Caribe.

 

 

“Encaminhamos algumas coisas importantes, mas estamos no meio da luta e isso é bom. Se chegamos aqui foi por conta da luta que conseguiu encaminhar essas medidas. Apesar de parecer que o mundo não caminha para um bom lugar para nós, mulheres, já temos um bom caminho trilhado para seguir em frente e acredito que o movimento sindical pode ajudar muitos outros movimentos feministas”, finalizou ela.

 

Marcha cancelada – por conta da chuva que caiu durante o dia, o ato unificado do 8M e a tradicional Marcha do Dia Internacional das Mulheres, no centro de Porto Alegre, foram transferidos para quinta-feira (14).

 

 

 

Fonte: Sindiserf/RS

Fotos: Divulgação Sindiserf/RS