Em defesa do meio ambiente e do serviço público de qualidade, a mobilização dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aconteceu nesta terça-feira (15). A reivindicação é pela reposição salarial, reestruturação do plano de carreira e rejeição à Proposta de Emenda Constitucional (PEC 32/2020).
O movimento nacional foi realizado em conjunto com outras entidades públicas e federais, e visava chamar a atenção da sociedade e do poder executivo para a dura realidade vivida atualmente nos órgãos e que tem se agravado ao longo dos anos. Além do déficit de pessoal, a não equiparação às carreiras típicas de Estado, dez anos de perdas salariais sem nenhum tipo de reposição e a ameaça constante da reforma administrativa, que resultaria no fim da estabilidade em boa parte do funcionalismo público.
Em Porto Alegre, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) participou da atividade junto com os trabalhadores, que teve a realização de rodas de conversa e debates sobre questões que impactam o setor e a categoria a fim de elaborar propostas objetivas de ação.
A servidora do Ibama, Lucile Lopes Bier conta que a mobilização foi proposta numa assembleia da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Plano Especial de Cargos do MMA e do Ibama (Asibama), realizada na segunda-feira (7). Aqui no estado, uma das estratégias de mobilização são a elaboração de cards e materiais para postagem nas redes sociais.
“Fizemos uma conversa no início da tarde com os informes da reunião de segunda-feira (14) entre a ministra Marina Silva e representantes da Ascema. Depois, falamos sobre a necessidade de constante mobilização”, relatou Lucile.
Algumas demandas da categoria já foram respondidas pela ministra e outras reivindicações foram encaminhadas e aguardam retorno. Por isso, a importância de manter a mobilização no intuito de acompanhar as negociações que acontecem em Brasília e também ao andamento dado à PEC 32 no legislativo federal.
Os servidores destacam que, com a PEC 32, seria instaurado um novo período de constante rodízio do quadro funcional, o que certamente traria prejuízos à continuidade e à qualidade dos serviços públicos prestados, assim como o risco de contratações por alinhamento político vinculado à mudança das gestões sejam em nível federal, estadual ou municipal.
Fonte: Sindiserf/RS com informações da Asibama
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