O Sindiserf/RS esteve presente na atividade em defesa da água pública
Para marcar o Dia Mundial da Água, nesta quarta-feira (22), sindicatos de trabalhadores de diversas categorias e movimentos sociais lançaram em Porto Alegre o Fórum Popular em Defesa da Água, com um ato público na Praça da Matriz, junto à Assembleia Legislativa e ao Palácio Piratini.
O Fórum tem como objetivo contribuir com a luta contra a privatização do saneamento, dialogando com a comunidade sobre os riscos da privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) de Porto Alegre.
No caso do DMAE, a disputa se dá no campo político, onde a pressão da sociedade é importante na busca por reverter a decisão do governo do prefeito Sebastião Melo (MDB) em realizar a privatização parcial.
Já no caso da Corsan, que foi leiloada em lance único por R$ 4,151 bilhões às vésperas do Natal de 2022, liminares impedem a assinatura do contrato de venda. A pressão é para que parlamentares assinem o pedido de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o processo de privatização. Segundo o Sindiágua-RS, estudos apontaram que a Corsan valia no mínimo R$ 9 bilhões.
Além disso, retomar água e saneamento como direito fundamental nas suas mais variadas interfaces, em busca de soluções que representem sustentabilidade, segurança hídrica e a manutenção da vida com qualidade para todos, são os principais pontos do Fórum.
No evento foram debatidos temas pertinentes à recuperação da Companhia Riograndense de Saneamento para seu lugar de empresa pública de água e saneamento do Estado, e as denúncias da ilegitimidade das ações que sustentam os processos de privatização das empresas do setor.
As entidades que participam do Fórum são: Sindiágua, Sindicato dos Municipários (Simpa), CUT, CSP/Conlutas, SINDIPPD, Sindisep, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Ascorsan, Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), Levante Popular da Juventude, Setorial Ecossocialista do PSol, Coletivo de Teatro Panapaná, SerAção, Coletiva Feminista Outras Amélias – Mulheres de Resistência e Luta, MST, Pastoral da Ecologia, Movimento Laudato Si/RS, PSTU, Movimento Roessler para Defesa Ambiental, Preserva Zona Sul, e Frente Parlamentar em Defesa da Água Pública.
O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, denunciou a “negociata” com as empresas públicas, ressaltando que o processo de privatizações não é para melhorar os serviços públicos.
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Fonte: CUT-RS com Extra Classe e Simpa
Fotos: CUT-RS, Simpa e Sindiserf/RS