O Sindicato dos Servidores Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) realizou uma assembleia com as empregadas e empregados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na tarde desta quinta-feira (9), na sede da Companhia. A pauta é o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
O ofício 01/2023 da Fenadsef, Asnab e Fisenge enviado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), foi lido na reunião. O documento conta que as audiências de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) avançaram para um acordo, a ser assinado, sobre a proposta de reajuste de 9,92%, em novembro de 2022, e, duas semanas depois, chegaria a 18,42%. A Conab não concordou com o acordo, por isso ainda não foi assinado, pois o mesmo não incluiria quatro cláusulas específicas que a Companhia estava condicionando ao reajuste.
A Condsef/Fenadsef e demais entidades representativas dos servidores defendem o acordo e que os pontos do contrato com a GEAP, reajuste no auxílio alimentação e creche, indicação de pessoas de fora do quadro funcional para cargos operacionais e a liberação dos dirigentes sindicais e associativos sejam debatidos posteriormente.
A secretária geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch explicou que a reunião não era deliberativa, mas importante para a mobilização e para garantir o reajuste. “Sabemos que ainda há muito debate sobre o SAS e a Geap. E ninguém que entrar no dissídio porque há risco de perdas de direito”, declarou ela.
“Em qualquer cenário temos que nos mobilizar, fazer a luta capital versus trabalho. Além disso, entendemos que quanto o debate fortalece a mobilização e também, porque não tem nada ganho ainda”, disse Eleandra.
A assessora jurídica do Sindiserf/RS, Gabriela Marques explicou o que significa a negociação ir à dissídio. “Se acontecer, a negociação inicia do zero. Até agora não temos nenhum acordo assinado, há apenas a intenção”, esclareceu ela.
“Os gestores precisam entender que o maior patrimônio das empresas é o trabalhador”, disse o secretário adjunto de Filiação e Política Sindical da entidade, Jorge Ildo da Motta, que é empregado da Conab.
Os empregados da Conab estão há quatro anos sem conseguir fechar um ACT e desde o início, a Conab insistiu em reajuste zero e retirada de cláusulas sociais. No último período, surgiram rumores que a empresa teria apresentado a opção de ressarcimento em relação à questão do SAS/Geap, porém, isso ainda não está em negociação.
O secretário de Administração e Patrimônio do Sindiserf/RS, Marcolino de Oliveira, também estava presente na assembleia.
Fonte: Sindiserf/RS
Fotos: Renata Machado (Sindiserf/RS)