“Salvando vidas e lutando contra a morte”, com esse lema, servidores da ex-Sucam que foram expostos a substâncias tóxicas como DDT (Dicloro-Difinil-Tricloroetano) e BHC (Benzene Hexachloride) durante o combate às endemias nas décadas passadas, se preparam para vir a Brasília no dia 30 de outubro para uma grande marcha na luta por dignidade e direito.
Um dos objetivos centrais da categoria é buscar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 101/2019. A proposta, de autoria do então deputado Mauro Nazif, busca assegurar plano de saúde vitalício aos servidores intoxicados no exercício de suas funções sanitárias. A matéria teve sua admissibilidade reconhecida pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) em outubro de 2021.
Considerados heróis nacionais na erradicação de doenças como malária e febre amarela, hoje esses trabalhadores enfrentam sérias consequências à saúde, muitas vezes sem o devido amparo do Estado. Dados históricos e estatísticos levantados ao longo dos anos sobre o adoecimento e mortalidade desses trabalhadores subsidiam essa luta. A Condsef/Fenadsef, que tem uma Comissão Nacional dos Intoxicados, reforça que não é possível aceitar que esses servidores hoje morram à míngua, sem o auxílio governamental que tanto precisam e merecem.
Outro foco dessa luta é a aprovação do Projeto de Lei nº 5.489/2023, que também visa garantir assistência integral à saúde para servidores da ex-Sucam e Funasa que foram expostos aos pesticidas.
A Condsef/Fenadsef reafirma seu compromisso com a reparação histórica desses trabalhadores e segue atuando em diversas frentes legislativas e institucionais para garantir o reconhecimento e o atendimento integral das vítimas da contaminação por DDT e BHC.
Fonte: Condsef/Fenadsef
Foto: Ídio de Barros