Em Pelotas, Sindiserf/RS promove a Oficina II do Ciclo de Formação Sindical

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Atividade contou com a presença de lideranças sindicais da região Sul

 

“A estabilidade do servidor público não é privilégio, mas uma garantia que o povo tem de que o Estado fará o seu trabalho, de fiscalização do poder público sem se submeter às vontades autoritárias de qualquer governante”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS), Walter Morales Aragão, diante das lideranças e dirigentes sindicais presentes na Oficina II do Ciclo de Formação Sindical da entidade, realizado no sábado (30), na sede da delegacia regional do Sindicato, em Pelotas.

 

 

Na ocasião, os participantes debateram sobre as dificuldades enfrentadas pelos servidores e empregados públicos em municípios como Canguçu, Rio Grande e Pelotas. Durante a atividade, os oficineiros foram convidados a desenvolver um mapa mental de seus municípios e, utilizando a matriz FOFA, que estabelece Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças para a atuação sindical, elaboraram um plano tático de ação para fortalecer a atuação junto às bases do sindicato.

 

 

A proposta, como destaca o secretário de formação, Leonardo Toss, é a de aproximar o sindicalismo das comunidades e dos movimentos sociais, tornando o sindicato um ente atuante junto da sociedade, para além das lutas corporativas travadas no dia a dia. “O que queremos é fomentar o sindicalismo cidadão, de forma que nossos quadros tenham voz ativa nas comunidades em que estão inseridos. Nosso objetivo é estreitar os laços com as associações de bairro, movimentos sociais e inserir o Sindiserf/RS definitivamente dentro do campo democrático popular”, pontuou o servidor aposentado do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

 

 

Para João Cardoso, servidor da Universidade Federal de Rio Grande (FURG), encontros como o promovido no último sábado são fundamentais para reafirmar a importância do trabalho sindical junto à base de trabalhadores da entidade sindical. “Muitas vezes, o sindicato não conquista o resultado ideal em uma campanha salarial ou em uma greve, mas, se nesses momentos a situação pode não parecer a ideal, sem ele é muito pior, é essa mensagem que nossos colegas servidores públicos precisam entender”, pontuou o trabalhador e delegado sindical da região Sul do Sindiserf/RS.

 

 

Mais cedo, antes do início dos trabalhos, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação e dirigente da Central Única dos Trabalhadores do RS (CUT-RS), Paulo Farias, fez uma análise de conjuntura avaliando o cenário político para a casse trabalhadora brasileira, em especial o que a taxação dos produtos brasileiros pelo governo norte-americano significou para o conjunto das forças produtivas nacionais.

 

 

“Depois de entregar o controle do Brasil, via emendas parlamentares, Bolsonaro agiu contra o próprio país ao tentar chantagear o povo brasileiro com taxações para os nossos produtos em nome do presidente americano, caso ele não conquistasse sua liberdade. Isso mudou o jogo e fez o povo voltar a defender a nossa soberania, comprando essa luta em defesa da nossa economia. O cenário ainda é de resistência para a classe trabalhadora e por isso, cursos de formação política e sindical são tão importantes, pois nos mantém as categorias de trabalhadores mobilizadas para o que está por vir”, declarou Farias.

 

 

A Oficina I, que deu início ao Ciclo de Formação, aconteceu no dia 17 de maio, na sede da Associação dos Servidores do Incra do RS (Assincra), em Porto Alegre. A próxima etapa ocorre na delegacia regional do Sindicato, em Santa Maria, região central do estado, em setembro. A última Oficina será em Passo Fundo.

 

 

 

 

Fonte: Sindiserf/RS
Fotos: Marcus Perez