As servidoras e servidores da Cultura no Rio Grande do Sul aprovam adesão à greve a partir da próxima quarta-feira (7). A deliberação ocorreu na manhã desta quarta-feira (30), em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS). A atividade ocorreu de maneira híbrida, presencial na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no RS e de maneira virtual.
Os servidores se manifestaram seus pontos de vistas em relação ao movimento, considerando a realidade de trabalho no estado e a adesão nacional. Também fizeram questionamentos, principalmente em relações aos percentuais que devem ser cumpridos, que foram sanados pelo assessor jurídico do Sindicato, Marcelo Garcia Cunha, que acompanhou a assembleia.
O advogado ponderou que a greve é um direito do todo trabalhador, apesar do Supremo Tribunal Federal considera o conjunto do serviço público como essencial. “O direito à greve está garantido na Constituição”, ressaltou.
Acompanhando a agenda em Brasília, o secretário-geral do Sindiserf/RS, Walter Morales Aragão, falou dos desdobramentos, dos tramites da greve e trouxe informações. “O movimento paredista em todo o país está forte, tanto que nesta manhã está ocorrendo uma reunião do setor da Cultura com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). Isso é bom, pois a reunião que estava divulgada é a do dia 8 de maio”, avaliou.
A assembleia foi coordenada pelo secretário de Administração do Sindiserf/RS, Marcos Gladimir Lima Lacerda, que colocou o Sindicato à disposição da categoria. A secretária adjunta de Movimentos Sociais, Gênero e Etnias do Sindiserf/RS e servidora aposentada do Iphan, Valéria da Silva Amaral também marcou presença na assembleia.
Entenda – desde ontem (29), servidores da Cultura de diversos estados estão em greve ou deliberando sobre a paralisação. A categoria quer o cumprimento de acordos passados e a criação da carreira (PCCULT), proposta que já foi entregue, no ano passado, pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, à ministra Esther Dweck.
De lá para cá, seis reuniões foram agendadas e adiadas pelo MGI. Nenhum avanço no processo de negociações para assegurar a implantação da carreira aconteceu. Uma nova reunião está remarcada para o dia 8 de maio, mas os servidores seguem sem garantias e a greve é um processo para buscar os avanços de uma luta que já dura 20 anos.
Fonte: Sindiserf/RS
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