Após o Encontro Estadual das Mulheres Negras do RS, cerca de 20 gaúchas participaram do Encontro Regional das Mulheres Negras que aconteceu na Escola Sindical Sul, em Florianópolis (SC), no sábado (25). A atividade contou com representantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) é uma das entidades que integram a coordenação da “Marcha Nacional de Mulheres Negras 2025 – Por Reparação e Bem Viver” e por isso, tem participado ativamente do processo de construção e das agendas propostas.
Esses encontros são fundamentais e tem como objetivo de mobilizar e organizar a Marcha, para cada participante levar para os seus territórios esse processo, sempre guiadas pelo mote “Reparação e Bem Viver” e as reivindicações como políticas públicas para mulheres negras, o direito à vida e a promoção da igualdade racial.
A secretária de Movimentos Sociais, Gênero e Etnias do Sindicato, Vera Regina Gomes da Rosa destaca que a coordenação tem o compromisso de mobilizar o maior número de mulheres para a Marcha. “Estamos trabalhando para organizar e estruturar essa atividade histórica com o objetivo de levar um milhão de mulheres negras à Brasília. É um número ousado, mas faremos o possível e o impossível para levar e trazer essas mulheres de todo o Brasil com segurança”, afirma.
“Como uma das entidades que integram a coordenação, é muito importante a visibilidade que o Sindicato dá para a Marcha das Mulheres Negras, divulgando esse instrumento de luta e unificação das mulheres, na defesa dos direitos e na construção de novas políticas públicas voltadas às mulheres negras”, avalia Vera.
De acordo com a dirigente, o Encontro Regional encerrou com uma moção pela liberdade de Sônia Maria de Jesus, uma mulher negra que foi resgatada pela família da casa de um desembargador do Tribunal de Justiça de SC, que a manteve em condição análoga à escravidão por 40 anos.
Dois meses depois do resgate, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que os investigados pudessem reencontrar Sônia. A decisão ainda possibilitou que Sônia regressasse à casa dos investigados caso assim desejasse, o que de fato aconteceu. “Por isso, nossa Marcha também tem como objetivo a luta pela liberdade de Sônia.”
Fonte: Sindiserf/RS
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