No final da tarde desta quinta-feira (21), diretores do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) participaram Marcha Independente Zumbi e Dandara 2024, em Porto Alegre. Com o tema “Caminhada por Justiça, Memória e Resistência”, a atividade que celebra o Dia Nacional da Consciência Negra estava prevista para acontecer na terça-feira (19) e foi transferida para hoje, devido às tempestades que estavam marcando para capital gaúcha.
A concentração teve início por volta das 17h, na Esquina Democrática, com falas das parlamentares que integram a bancada negra nas três esferas de poder e representantes de diversas entidades sociais. Já a caminhada iniciou pouco após às 19h, e seguiu até o Largo Zumbi dos Palmares com música, animação e palavras de ordem e resistência.
As manifestações lembravam que após anos de uma luta iniciada em Porto Alegre, o 20 de novembro se tornou feriado nacional. Oliveira Silveira compôs o Grupo Palmares, fundado em Porto Alegre, juntamente com Antônio Carlos Côrtes, Vilmar Nunes, Ilmo da Silva, Jorge Antônio dos Santos e Luiz Paulo Assis Santos, que deram o ponta pé inicial, em 1971, para a criação da data. Um contraponto a celebração do 13 de maio, data da abolição da escravatura, e colocando o 20 de novembro em homenagem a Zumbi dos Palmares.
Pouco após às 20h, a atividade encerrou aos pés da estátua de Zumbi, inaugurada na quarta-feira (20). A obra é símbolo da resistência e da luta do povo negro e foi feita pelo artista uruguaio, radicado em Porto Alegre há quatro décadas, Mario Cladera.
A Marcha é o ponto alto do calendário do Novembro Sindical Unificado Antirracista, que é organizado por um conjunto de entidades sindicais como Sindiserf/RS, Sintrajufe/RS, Cpers/Sindicato, SindBancários, SindjusRS, Sindicato da Alimentação de Pelotas, entre outras.
Durante esse mês, inúmeras atividades estão sendo realizadas por entidades do movimento sindical e social, como palestras, debates e workshops que abordam temas como inclusão, diversidade e combate ao racismo estrutural. Na última semana, aconteceu a atividade “De Porongos à necropolítica do século XXI: os efeitos do capitalismo sobre o povo negro”, em Pinheiro Machado e em Pelotas.
Fonte: Sindiserf/RS
Fotos: Renata Machado