O Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) celebra divulgação da proposta orçamentária, do governo federal, para 2025. O orçamento reserva a maior verba destinada a reajustes salariais para servidores federais em 12 anos, totalizando R$ 20,1 bilhões para o próximo ano.
O reajuste é fruto de mais de 40 acordos firmados com diferentes categorias para os anos seguintes. Tanto que nos últimos meses, o Sindiserf/RS realizou inúmeras assembleias com a base que deliberaram sobre as propostas de reajuste. Foram consultados servidoras e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e Tecnologia Militar.
Além do reajuste conquistado pelos trabalhadores do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE), Carreira da Previdência Saúde e Trabalho (CPST), dos Planos Especiais de Cargos (PECs) e dos Planos Correlatos, que atuam em órgãos como Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério da Defesa, ente outros.
“Conseguimos avançar nas negociações salariais, graças à luta, mobilizações e greves nas nossas categorias que asseguraram aumento real, considerando os reajustes de 2023, 2025 e 2026, embora não supram o déficit salarial acumulado desde o Golpe de 2016”, disse a secretária-geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch.
Portanto, para ela, diante deste contexto “os acordos assinados que contemplaram ativos e aposentados são conquistas da mobilização das servidoras e servidores.”
A execução dos reajustes depende da aprovação de projetos de lei no Congresso Nacional. Estima-se que as despesas totais com pessoal da União subam de R$ 373,7 bilhões em 2023 para R$ 413,1 bilhões em 2025, representando um aumento nominal de 10,5%. De acordos com informações divulgadas no Blog do Sr. Siape, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) ressaltou que a folha de pagamento do Executivo representava 2,68% do PIB em 2022 e deve se estabilizar em 2,59% em 2025, dentro dos limites estabelecidos pelo novo regime fiscal.
Eleandra destaca que a mobilização dos servidores continua. “Agora, vamos para o segundo round, para a luta pela reestruturação das carreiras. Temos várias questões para enfrentar no debate sobre a aglutinação dos cargos das carreiras existentes e não renunciamos a luta para que os servidores do PGPE, PECs e PST tenham direito a um plano de carreira”, declara ela.
“Neste sentido, lutaremos contra toda e qualquer proposta que corroborem com a elitização do serviço público e que visem a fragmentação da organização dos trabalhadores públicos,” promete a dirigente ao salientar a importância da regulamentação da Convenção 151, que versa sobre data-base e direito de greve.
Fonte: Sindiserf/RS com informações do blog Sr. Siape
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