Diretores do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) participaram do “Espaço do servidor”, uma roda de conversas com servidoras e servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Porto Alegre, na tarde desta segunda-feira (9).
O encontro híbrido é realizado todas as segundas-feiras e tem como objetivo que os trabalhadores conversem e troquem informações sobre as mobilizações nacionais, acerca da luta pela valorização da carreira da Cultura. As condições de trabalho nas sedes do Instituto no RS e o Programa de Gestão e Desempenho (PGD), que entre outras medidas implanta o teletrabalho, foram as principais pautas da conversa.
O Iphan foi o primeiro órgão a implantar o chamado PGD 2.0, de maneira compulsória, onde apenas a modalidade (presencial, teletrabalho parcial ou integral) foi possível escolher, mediante alguns critérios. De acordo com eles, as metas ficam comprometidas devido a condições que não existem na instituição. Em teletrabalho, os trabalhadores não tem condições ergonômicas e acabam tendo o custo com internet e energia elétrica, por exemplo, aumentados.
Diante disso, os servidores manifestaram diversas dúvidas em relação essas distorções do PGD e questionaram quais os critérios de avaliação. Há, ainda, uma preocupação com a política da Instituição e com a precarização do serviço público, somado ao fato dos servidores não terem plano de carreiras, o que fragiliza ainda mais a situação dos trabalhadores.
A secretária-geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch fez algumas considerações sobre o cenário atual do serviço público, com o fim das negociações específicas e a realização do Concurso Nacional Unificado (CNU). “Houve muitos avanços, mas enfrentamos um contexto complicado, de elitização do serviço público”, declarou ela enfatizar que o Sindiserf/RS está disponível para formalizar essas preocupações no SEI, “para que se possa ter um tratamento efetivo por parte da superintendência e da direção central do Iphan.”
Acompanhando o encontro, o assessor jurídico do Sindiserf/RS, Marcelo Garcia Cunha, respondeu as dúvidas dos trabalhadores e ponderou sobre possíveis ajuizamentos.
Há meses, os trabalhadores da Cultura estão mobilizados nacionalmente para garantir a abertura de uma mesa específica da categoria no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Para além da valorização dos servidores, a necessidade de reestruturação e criação de uma carreira no MinC é considerada essencial para construção de políticas públicas de cultura do Brasil.
Fonte: Sindiserf/RS
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