As servidoras e servidores vinculados à carreira do Grupo de Cargos da Tecnologia Militar no RS rejeitaram a proposta do governo, durante a assembleia geral extraordinária, nesta terça-feira (30). A atividade virtual foi convocada pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS). Os participantes aprovaram uma contraproposta para levar ao governo, de 9% em 2025 e, no mínimo 5% em 2026.
A proposta à carreira do Grupo de Cargos de Tecnologia Militar (PCCTM) recusada foi apresentada pelo Ministério de Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI), na Mesa Específica e Temporária de Negociação, realizada no dia 18 de julho, com a previsão de 9% para janeiro de 2025 e, apenas, 3,5% para abril de 2026.
Os integrantes do Departamento Pessoal Civil dos Órgãos Militares (DOMC), da Condsef/Fenadsef, Jaime de Bona e Roberto Salimeni participaram da assembleiae relataram como foram as reuniões de negociação, que teve o foco do debate em reajuste salarial e não, em reestruturação das carreiras.
Para de Jaime de Bona, a proposta do governo é absurda. “Queremos respostas do governo em relação a valorização das nossas carreiras, da inclusão do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e GQ para o nível auxiliar”, disse ele que defende, também, a presença de representação dos três comandos militares na mesa. O dirigente relatou que foi apresentado um histórico da carreira de Tecnologia Militar, que não foi considerado pelo MGI.
Roberto Salimeni recordou que a criação da carreira, na época do governo Fernando Henrique Cardoso, já se deu de maneira equivocada por não enquadrar todos os servidores. “A nossa luta é histórica. E essa negociação foi muito ruim, negaram tudo que pedimos e o próprio índice proposta é aquém do que reivindicamos. Sabemos que o governo não vai repor todas as perdas do período e, justamente por isso, queremos um reajuste melhor”, reforçou ele.
A assembleia foi conduzida pela secretária-geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch que destacou a importância de lutar para valorização das carreiras. “O governo prometeu esse debate e não entregou. Há as mesas específicas, que era sim uma reivindicação nossa, mas o que temos hoje é grande fragmentação do Serviço Público”, declarou Eleandra.
Para a dirigente a reivindicação do PGPE é muito justa, “porém isso não pode ser em detrimento da carreira de Tecnologia Militar. E a Condsef/Fenadsef tem compromisso com esses dois debates.”
“Só vamos conseguir apresentar novas propostas, arrancar um índice melhor de debater as nossas carreiras com a mobilização dos servidores. Só a mesa, sem a pressão da base, não vai garantir as nossas reivindicações”, alertou ela.
O assessor jurídico do Sindiserf/RS, Marcelo Garcia Cunha acompanhou da assembleia.
Fonte: Sindiserf/RS
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