As servidoras e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no RS aprovaram greve a partir da próxima segunda-feira (1º de julho), para forçar a reabertura e avanço das negociações com o governo. A decisão ocorreu durante assembleia virtual realizada hoje (24), convocada conjuntamente pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) e a Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Plano Especial de Cargos do MMA e do Ibama – PECMA (Asibama).
“Essa decisão ocorre devido a intransigência do governo que nem analisou a nossa proposta, apresentada em 10 de maio e encerrou as negociações”, lamentou o secretário de Movimentos Sociais, Gênero e Etnias do Sindicato, Joelsio Luiz Barbosa dos Santos. Servidor do Ibama, ele destaca também que o governo desconsiderou que a categoria já havia rejeitado a proposta defendida pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), em assembleias realizadas em todo o Brasil.
Destacando o processo de legitimidade da greve, com edital chamando a assembleia e aviso à população, a secretária-geral do Sindicato, Eleandra Raquel da Silva Koch, parabenizou o histórico do movimento de mobilização dos servidores da área ambiental. “Faremos uma greve dentro da legalidade e reafirmamos o apoio do Sindicato ao movimento paredista dos servidores da área ambiental”, enfatizou.
“Nós queremos ser ouvidos e atendidos”, ressaltou o secretário-geral adjunto do Sindicato, José Mário Amaral Virué que contou como iniciou o plano de carreira dos servidores, ainda em 2002. “Já começou com defasagem e independente do governo, precisamos ter as nossas reivindicações, pressionar os representantes do governo e reafirmar a nossa luta. Greve é a palavra daqueles que não são ouvidos”, concluiu ele que é servidor aposentado do Ibama-RS.
Após a aprovação da deflagração da greve, os participantes escolheram os integrantes do comando de greve.
A categoria cuida de 336 unidades de conservação, ou seja, de mais de 1,7 milhões de quilômetros quadrados de áreas protegidas, patrimônio do povo brasileiro. Também são os responsáveis pelo monitoramento da biodiversidade, pela elaboração e coordenação de políticas públicas e pesquisas ambientais, subsidiando ações como licenciamento e criação de áreas protegidas federais, entre outras ações.
Um dos eixos centrais que os servidores da Área Ambiental reivindicam é a equiparação salarial com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Fonte: Sindiserf/RS
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