CUT-RS e centrais fazem ato unificado contra privatização da Trensurb

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O Sindiserf/RS participou da atividade e defendeu um transporte público e de qualidade

Na tarde da segunda-feira (4), a CUT-RS e outras Centrais Sindicais fizeram um ato unificado contra a privatização da Trensurb, dentro da Estação Mercado, em Porto Alegre. Estiveram presentes representantes políticos e de sindicatos de trabalhadores. O pedido é que o governo federal retire a Trensurb do Plano Nacional de Desestatização (PND), programa criado pelo desgoverno anterior com nomenclatura disfarçada que mascara a intenção privatista.

 

 

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, reiterou a defesa da entidade por um transporte público realmente voltado para a população. “Somos contra a privatização! A CUT-RS defende uma Trensurb pública, social e democrática. Alguns acreditam que o trem deveria dar lucro, mas lucro para quem? Para empresário? Como acontece com o sistema de transporte de Porto Alegre, em que a prefeitura destina milhões de reais para os empresários e não para os usuários? Estamos aqui para dizer que um trem como a Trensurb oferece mais qualidade de vida para os trabalhadores e trabalhadoras. Torna o planeta mais sustentável, pois diminui o número de carros e ônibus que circulam pela cidade e aquece a economia da Região Metropolitana. Esse serviço não tem que ter lucro. Ele deve ser social, ajudar os trabalhadores e a economia”, destacou.

“Defendemos a retirada imediata da Trensurb do Plano Nacional de Desestatização (PND)”, defendeu Cenci.

 

Reforma Administrativa

“Assim como o governo Lula tem dito não à PEC 32 porque é a destruição do Serviço Público, deve dizer não a desestatização do Trensurb, que significa o sucateamento e  encarecimento para a população”, disse a secretária-geral, Eleandra Raquel da Silva Koch, ao se referir a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, da reforma administrativa.

 

 

De acordo com a dirigente, o Trensurb é essencial para a população metropolitana e desafoga a circulação viária. “Precisamos de mais trens, com qualidade, extensão e com tarifa zero pra quem precisa”, defende.

 

Usuários são contra privatização

Os passageiros também se manifestaram contra a privatização do sistema de trens. Maria Elacy Padilha, de 75 anos, apoia o movimento. Ela diz que, apesar de não ser usuária constante, a família toda usa o transporte público e a privatização torna mais difícil o deslocamento entre as cidades da Grande Porto Alegre. “Se privatizar, vai ficar muito ruim. As passagens vão aumentar. Minhas primas que moram em Sapucaia vão sofrer bastante com isso. Eu digo não à privatização”, ponderou.

“Eu acho uma palhaçada a privatização. Acho que não vai agregar em nada porque vai piorar o serviço, aumentar o preço da passagem e, como sempre, é o povo que se lasca”, reclamou o estudante Gabriel Mayer, de 20 anos.

 

 

Plano de “desestatização”

O presidente do SindiMetrô-RS, Luiz Henrique Chagas, mandou um recado para o governo federal. “Nós estamos a um ano já do Governo Lula, um governo que lutamos muito para colocar lá e nós ainda não fomos retirados da PND. Então, esse pode ser o pontapé inicial de um grande movimento e a nossa voz tem que chegar no Lula para mostrar a importância da Trensurb”, enfatizou.

Continuamos na luta e não vamos nos calar até que a privatização da Trensurb saia desse projeto destruidor do Brasil, que se chama PND, que iniciou no desgoverno anterior, e que tem que ter um fim no governo atual. Sempre em defesa do trabalhador!

 

Fonte: CUT-RS

Fotos: Imprensa (SindimetrôRS), Volnei Piccolotto e Ceniriane (Ni) Vargas da Silva