Dois atos em solidariedade ao povo palestino acontecem nesta quarta-feira (29) no Rio Grande do Sul. O primeiro será em Pelotas, às 17h, que terá uma marcha que sairá do Chafariz do Calçadão e irá até a Praça Palestina. O segundo será em Porto Alegre, às 18h, no Largo Glênio Peres.:
Os atos estão sendo convocados pelo Comitê Palestina Livre RS, que foi criado na terça-feira da semana passada, com o apoio de cerca de 50 entidades sindicais e movimentos sociais, em plenária realizada no auditório do Sindicato dos Bancários da capital gaúcha. Na ocasião já foram marcados os eventos de solidariedade deste dia 29.
Nesta data também é comemorado o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, que foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para lembrar o aniversário da Resolução 181, da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 29 de novembro de 1947, a ONU aprovou, sem consulta aos habitantes locais, o Plano de Partição da Palestina.
O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, destaca a necessidade de garantir a liberdade, autonomia e soberania do povo palestino para decidir os seus direitos. Ele ressalta que é crucial o apoio global da classe trabalhadora para defender essa causa humanitária.
“A ideia desse comitê é juntar todas as entidades e todas as pessoas e movimentos que possam colaborar numa causa tão humanitária, justa e necessária”, salienta Amarildo. Ele defende a urgência de encontrar soluções para a longa e sofrida luta do povo palestino, que dura mais de 70 anos.
Em 50 dias de ataques, Palestina perdeu quase 13 mil vidas
O presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), Ualid Rabah, compartilhou a ideia de que o comitê deve ser uma plataforma para unir diversas entidades e movimentos em prol de uma causa humanitária, justa e necessária. Ele destacou a importância de buscar consenso entre os integrantes.
Na convocação para os atos, ele lembrou que “em 50 dias de ataques à Palestina quase 13 mil vidas foram perdidas, com 4.500 ou mais desaparecidos. Entre as vítimas, cerca de 6 mil eram crianças e 3 mil mulheres. Esses números ultrapassam os trágicos eventos da limpeza étnica na Palestina na década de 40, que resultou na perda de cerca de 15 mil vidas”.
Rabah destaca que presidentes de diversos países, membros da ONU e o próprio secretário-geral da entidade, António Guterres, já declararam que o que está ocorrendo na Palestina é um genocídio. “Não se pode ficar em silêncio”, defende.
Após o acordo de cessar-fogo, o Hamas libertou neste domingo (26) 17 reféns que estavam sob sua custódia. Desses, 13 são israelenses, três são tailandeses e um é russo. Israel, por sua vez, libertou 39 prisioneiros palestinos.
Fonte: CUT-RS com informações do Brasil de Fato
Foto: Matheus Piccini (CUT-RS)