Sindiserf/RS intensifica mobilização com a categoria para pressionar governo e melhorar a proposta de reajuste

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Após a frustração gerada na reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) na terça-feira (29), onde o governo afirmou que tem reservado apenas R$1,5 bilhão para todas as demandas, incluindo aumento salarial, benefícios, reestruturação de carreiras, o que não chegaria nem a uma recomposição de 1%, porém, disseram que se houver aumento da arrecadação, é possível enviar um aviso ministerial ao Congresso. Ao longo de ontem (30), os diretores do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) visitaram diversos órgãos em Porto Alegre, conversando e mobilizando a categoria sobre o tema. Também houve mobilização nas delegacias de Santa Maria e de Pelotas.

 

 

“Repudiamos essa proposta que não dá conta da nossa defasagem salarial e enfraquece o estado brasileiro”, declarou a secretária-geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch, ao afirmar também que “enquanto tudo ficar atrelado ao arcabouço fiscal, provavelmente não terá nem concurso público.”

“Apenas com muita mobilização vamos conseguir reverter essa situação. E o Sindiserf/RS tem muita nitidez de que não haverá reconstrução do Brasil se não haver investimento no serviço público”, destacou.

 

 

O secretário geral adjunto do Sindiserf/RS, José Mário Amaral Virué, também enfatizou que a proposta apresentada pelo governo é humilhante e desrespeitosa, pois não cobre nem a inflação. “Isso é muito preocupante. O arcabouço fiscal vai trazer muitas perdas, principalmente para os servidores públicos federais”, acredita o dirigente.

De acordo com ele, a categoria está pecando por não lutar e ir pra rua. “Estamos cometendo os mesmos erros do primeiro mandato do Lula”, disse ele ao destacar que os servidores precisam estar unidos e mobilizados.

 

 

“Agora pior que tudo isso, é a possibilidade de votarem a reforma administrativa. A PEC 32 é o grande trunfo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), pois hoje o serviço público é o maior nicho do mercado”, declarou José Mário.

 

 

As atividades iniciaram com os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); após, foi a vez do no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e na parte da tarde o encontro foi com os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (IcmBio).

 

 

Em Santa Maria e Pelotas, dezenas de empregados públicos e servidores da ativa e aposentados das respectivas cidades e municípios vizinhos, participaram da atividade nas delegacias, reforçando a mobilização no interior do estado.

 

Convenção 151

Os diretores destacaram uma pauta positiva e muito importante nos encontros que foi a criação do grupo de trabalho (GT) interministerial com participação do movimento sindical para debater a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata do direito de sindicalização, de negociação e das relações de trabalho para os servidores da Administração Pública.

 

 

“Agora vamos lutar para que de fato isso aconteça”, disse Eleandra. Já José Mário afirmou que esse é o “primeiro grande passo para a Convenção 151 ser implementada.”

O secretário de Comunicação em exercício do Sindicato, Francisco de Paula Bastos Correia e o secretário de Administração e Patrimônio do Sindiserf/RS, Marcolino de Oliveira também participaram das atividades.

 

 

Fonte: Sindiserf/RS

Foto: Renata Machado (Sindiserf/RS) e divulgação