Com o tema “Terra e Pão: em defesa dos territórios e produção da vida”, foi realizada nesta terça-feira (21), feriado de Carnaval, a 45ª edição da Romaria da Terra do Rio Grande do Sul. O evento aconteceu no Assentamento Integração Gaúcha, em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, marcando a retomada integral das atividades depois do período mais forte da pandemia.
A procissão reuniu cerca de três mil pessoas de romeiros vindos de todas as regiões do estado. Mesmo com chuva, elas caminharam do centro da cidade até o assentamento.
No território da reforma agrária foi montado um palco para a missa campal, celebrada pelo bispo Dom Adilson Busin, da Arquidiocese de Porto Alegre. Um dos pontos destacados foi a estiagem, que impacta, até o momento, a agricultura gaúcha em 315 municípios. Ao meio dia, ocorreu o almoço, com a tradicional partilha dos alimentos entre os participantes.
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O evento também contou com a participação de lideranças de movimentos sociais e políticos, como o ex-governador Olívio Dutra; os deputados da bancada do PT, Adão Pretto Filho, Jeferson Fernandes, Reginete Bispo, Elvino Bohn Gass e Dionilso Marcon; e do próximo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, todos ligados aos movimentos do campo.
“A Romaria da Terra é um evento muito importante para os movimentos sociais do campo. Este ano, fizemos uma reflexão sobre os cuidados com a terra, o meio ambiente e a natureza. Também sobre a urgência de incentivos à produção de alimentos saudáveis e de combate à estiagem, para que possamos aumentar a oferta e ter comida mais barata nas prateleiras dos supermercados. E esse é um dos compromissos que temos no governo federal”, adianta Edegar Pretto.
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De acordo com a coordenação da Romaria da Terra, ao completar 45 anos, a atividade itinerante reforça o seu status de referência na celebração da fé, na defesa de lutas populares, reivindicações de direitos dos trabalhadores e de temas que importam à sociedade.
A mobilização foi promovida pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Via Campesina, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap).
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Com atividades religiosas, culturais e de formação, o local também acolheu o Acampamento dos Povos da Terra da Romaria, que reuniu cerca de 300 pessoas de diversos municípios.
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Fonte: Sul21
Foto de abertura: Leandro Molina
